quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

O TEMPO
Einstein. Lei da relatividade ->” Com a descoberta da relatividade descobrimos que o tempo e o espaço não são separados. Quando qualquer matéria atinge uma velocidade próxima a metade da velocidade da luz, o efeito sobre o tempo passa a ser cada vez mais marcante, pois há um efeito crescente e muito mais evidente da velocidade sobre os intervalos de tempo... O passado, o presente e o futuro são apenas ilusões ainda que tenazes. Ele nega qualquer significado absoluto e universal ao momento presente e a simultaneidade é algo relativo”
“A flecha do tempo denota uma assimetria do mundo no tempo, e não assimetria ou fluxo temporais.

Benedito - A essência do tempo é um antiquíssimo enigma que para a maioria de nós o tempo não é não apenas real, mas mestre de tudo que fazemos.
O tempo é eterno ... ele não passa por nós ... nós é que passamos por ele.
O passado ... presente ... e o futuro .. é apenas “o agora” para o observador do evento.

Eu estudo há décadas ... e o questionamento não tem fim!!!

O despertar na Via Láctea – Uma história da Astronomia, Timothy ferris, Editora Campos, Rio de Janeiro, 1990
Eugênio Scalise Jr.
Um leitor desavisado, ao se deparar com este livro poderá se sentir atraído, na esperança de que ele contenha respostas místicas sobre a Via Láctea. Puro engano. Na realidade, o americano Timothy Ferris, jornalista e professor de Astronomia da Universidade da Califórnia, nos leva a viajar pelo tempo, mostrando como evoluíram os conceitos filosóficos que culminaram na concepção atual do Universo. Embora hoje, falemos corriqueiramente em galáxias, a idéia de que hanitamos entre bilhões de galáxias só foi firmemente estabelecida a cerca de sessenta anos.

*OS VEDAS* 
"Acostumado a meditar longamente nas Verdades sussurradas,
esqueci-me de tudo o que é dito nos livros escritos e impressos"
A Senda... é a Meditação Profunda...
Não preciso mais ... vou direto a fonte!


O Teorema de Pitágoras pode, então, ser assim enunciado:

«A área de um quadrado de lado igual à hipotenusa de um triângulo é igual à soma da área dos quadrados de lados iguais aos catetos desse triângulo

É, portanto, com base neste teorema que pode ser definida a área dos nove quadrados representados nas FIGS.1 e 2, passível de ser representada pela sucessão dos números pares até dezoito em relação à unidade linear básica do sistema coordenativo com origem em O.
Sendo a área do primeiro e segundo quadrados integrados neste sistema igual ao dobro e quádruplo  da área do quadrado de lado igual a essa unidade, pode deduzir-se que a área dos nove quadrados representados nessas figuras corresponde à sucessão dos números inteiros até nove em relação à área do primeiro quadrado e a uma sucessão de números fraccionários e inteiros, até quatro e meio, em relação à área do segundo quadrado. Logo, basta considerar a representação, no Plano, da totalidade do espaço canónico (FIG.3), representada por um conjunto de nove quadrados com o dobro da área dos nove quadrados acabados de considerar, para se concluir que a área destes quadrados é igual à sucessão dos números inteiros até nove em relação à área do quadrado A1B1(S)1.







1 Os lados destes quadrados podem ser representados simbolicamente por  én , correspondendo  n ao número que representa a área desses mesmos quadrados.


PITÁGORAS
O Quaternário Sagrado é a Tétrade ou tetraktys (em grego), o quatro sagrado pelo qual juravam os pitagóricos. “Aquele que transmitiu o Quaternário” é o Mestre, cujo nome se evitava pronunciar em vão. Esse era o juramento mais inviolável dos pitagóricos. O quaternário sagrado simbolizava a unidade que se mostra em quatro aspectos no mundo visível, e também o eu imortal em sua ação concreta
Estudo científico do cérebro
O cérebro e as funções cerebrais têm sido estudados cientificamente por diversos ramos do saber. É um projeto pluri-disciplinar. Nasceu assim a neurociência com o objetivo de estudar o funcionamento do Sistema Nervoso, nomeadamente do Sistema Nervoso Central, a partir de uma perspectiva biológica. A psicologia, depois de se ter emancipado da filosofia e de vários conceitos religiosos, tem por objetivo estudar cientificamente o comportamento do indivíduo e como este se relaciona com as estruturas cerebrais. A ciência cognitiva procura estudar as funções cerebrais com objetivo de desenvolver o conceito de "inteligência artificial". O cérebro é responsável pelas emoções.
O CEREBRO DE BUDA !
De maneira inesperada, tomei contato com o romance Sidarta, de Herman Hesse, de 1922, durante uma recente visita de uma semana ao mosteiro Drepung, no sul da Índia. Dalai Lama havia convidado representantes do Instituto Vida e Mente para apoiar experiências entre a ciência moderna e a comunidade monástica budista tibetana que vive em exílio no país. Reunimos um grupo formado por físicos, psicólogos, neurocientistas e um filósofo francês para conversar com monges e monjas budistas sobre assuntos como mecânica quântica, neurociência, consciência e vários aspectos clínicos das práticas meditativas. Fomos interrogados, investigados e, vez ou outra, gentilmente provocados por Dalai Lama, que se sentou ao nosso lado. Aprendemos muito com ele e com as pessoas ao redor, como seu tradutor tibetano Jinpa Thupten, doutor em filosofia pela Universidade de Cambridge, e o monge francês Matthieu Ricard, doutor em biologia molecular pelo Instituto Pasteur, em Paris, considerado o “homem mais feliz do mundo”, segundo extensos estudos neurocientíficos. E, segundo eles mesmos disseram, também aprenderam algo conosco.


EM BUSCA DA ORIGEM DA VIDA 
(Eu tenho reparado que a maioria dos irmãos não estudam as ciências da humanidade _ Um Iniciado tem que saber um pouco de tudo _ Um excelente livro pra começar!)
O QUINTO MILAGRE -Paul Davies
Teria a vida começado por acaso numa "sopa primordial"? 
Ou seria ela uma lei física do universo, portanto possível de florescer em outros planetas? Desde que a Nasa anunciou a descoberta de fósseis de vida microscópica em um meteorito de Marte - fato que acabou não se comprovando -, questões como essas voltaram a jornais e publicações científicas passaram a ser discutidas por cientistas e leigos.
Abordando um dos maiores desafios para a ciência, o físico e escritor Paul Davies não se detém diante dos desafios filosóficos e técnicos da questão. 
Das teorias mais antigas às recentes descobertas da genética e da biologia molecular, em O quinto milagre ele trata da busca incessante por evidências científicas que esclareçam o surgimento da vida na Terra.
Sem medo de assumir hipóteses pouco ortodoxas - como a teoria de que a vida teria vindo de Marte ou mesmo surgido no centro da Terra -, Davies faz uma incursão pela paleontologia, geologia, cosmologia, genética e biologia molecular, integrando de forma notável todos esses domínios da ciência. 
Em O quinto milagre - título extraído do quinto fiat divino do Gênesis - ele também surpreende ao escrever sobre temas complexos de forma acessível, além de mostrar uma refinada erudição.


EL AKASHA, SUSTANCIA PRIMORDIAL DEL UNIVERSO
(EL QUINTO ELEMENTO O ENERGIA ESPIRITU)
Existe un campo vibratorio que conecta todas las cosas.
Se le ha denominado Akasha, el OM primordial, la red de Joyas de Indra, la música de las esferas y miles de otros nombres a través de la historia.
Los antiguos maestros védicos enseñaban Nada Brahma: el universo es vibración.
El campo vibratorio está en la raíz de todas las experiencias espirituales verdaderas y de las investigaciones científicas.
Es el mismo campo de energía que santos, budas, yoguis, místicos, chamanes, sacerdotes y videntes han observado al observar en su interior.
Muchos de los pensadores monumentales de la historia, como Pitágoras, Keppler, Leonardo Da Vinci, Einstein, y Tesla, han llegado al umbral del misterio.
En la sociedad moderna, la mayoría de la humanidad ha olvidado esta sabiduría antigua.
Hemos incursionado demasiado lejos dentro del campo del pensamiento, aquello que percibimos como el mundo externo de la forma.
Hemos perdido la conexión con nuestros mundos internos.
Este equilibrio que el Buda llamaba “El camino intermedio” y Aristóteles “El justo medio”, es el derecho inalienable de todo ser humano.
Es la raíz común de todas las religiones y el enlace entre nuestros mundos internos y externos.
El Akasha es la causa del éter, el quinto elemento, sin el Akasha la existencia de toda vida sería imposible. Realmente el Akasha es la sustancia primordial del universo, sin dicha sustancia no existiría la naturaleza.
Es absurdo hablar de biología excluyendo el Akasha. Es absurdo hablar del medio ambiente excluyendo el Akasha, es estúpido hablar de los fenómenos de la naturaleza, excluyendo el Akasha.
La luz, el calor, la electricidad, el magnetismo, la acción química, los procesos biológicos de los organismos, etc., jamás podrán ser comprendidos integralmente con la exclusión del Akasha.
Los científicos actuales niegan la existencia del éter y dicen que sólo existen campos magnéticos, también podemos negar el sol y decir que sólo existen las radiaciones, y podemos decir que la tierra no se mueve, ¡pero se mueve, se mueve!.
Dentro de todo organismo existe la mutua alimentación, o intercambio de Sustancias bioquímicas, esto lo sabe aquél que haya estudiado biología.
Unas glándulas dan saliva y otras la secan, unas glándulas son masculinas otras lo son femeninas, un incesante intercambio de Sustancias se realiza en todo nuestro organismo.
El Akasha es el fundamento de la naturaleza, El Akasha es el éter de la naturaleza. Sin el Akasha no existiera la naturaleza. El Akasha son los movimientos que hay en la naturaleza. Sin estos movimientos no habría vida


AS VIBRAÇÕES DO ESPIRITO
a vibração do Espírito é de uma intensidade e rapidez tão grande que ele está praticamente parado, como uma roda que se move muito rapidamente parece estar parada. Por outro lado, na extremidade inferior da escala estão as grosseiras formas da matéria, cujas vibrações são tão vagarosas que também parecem estar paradas. Entre estes pólos existem milhões e milhões de graus diferentes de vibração. Desde o corpúsculo e o elétron, desde o átomo e a molécula, até os mundos e universos, tudo em movimento vibratório. Isto é verdade nos planos da energia e da força (que também variam em graus de vibração); nos planos mentais (cujos estados dependem das vibrações), e também nos planos espirituais
*A NOITE DO UNIVERSO*

"O "Eterno" envolto em suas roupagens repousou
mais uma vez em Sete Eternidades.
Não existia o tempo, que dormia no seio infinito da duração.
Não existia a Mente Universal, porque não existia
Seres Celestiais para contê-La.
Não existiam os Sete Caminhos para a Bem-Aventurança.
Não existia as grandes causas da miséria, porque não
existia ninguém para produzi-las e por elas ser
iludido.
Somente as trevas existia em todo o espaço
ilimitado, porque a Trindade era novamente um só,
e o 2° Aspecto ainda não despertara para a nova
Roda e sua peregrinação sobre ela.
Os Setes Senhores Sublimes e as Sete Verdades,
tinham deixado de ser, e o Universo, o filho da necessidade,
estava imersona bem-aventurança suprema, para ser
despertadopor Aquilo que É, e, no entanto Não É.
Nada Existia.


A Física Quântica - o que é, e para que serve

Almir Caldeira
Já faz cem anos que Planck teve de lançar mão de uma expressão inusitada para explicar os seus resultados da medida da intensidade da radiação emitida por um radiador ideal - o corpo negro - levando-o assim a estabelecer o valor de uma nova constante universal que ficou conhecida como a constante de Planck. A partir daí, e também em função de outras experiências que apresentavam resultados igualmente surpreendentes no contexto da mecânica de Newton e do eletromagnetismo de Maxwell, os pesquisadores do começo do século passado se viram obrigados a formular hipóteses revolucionárias que culminaram com a elaboração de uma nova física capaz de descrever os estranhos fenômenos que ocorriam na escala atômica; a mecânica quântica.
Esta teoria, com a sua nova conceituação sobre a matéria e os seus intrigantes postulados, gerou debates não só no âmbito das ciências exatas mas também no da filosofia, provocando assim uma grande revolução intelectual no século XX. Obviamente que, além das discussões sérias e conceitualmente sólidas, as características não cotidianas dos fenômenos quânticos levaram muitos pesquisadores, e também leigos, a formular interpretações equivocadas da nova teoria, o que infelizmente, ainda nos nossos dias, atrai a atenção das pessoas menos informadas.
Mas, no final das contas, quais são estes efeitos tão estranhos dos quais estamos falando e qual é a sua relevância para o nosso cotidiano, se existe alguma? Bem, para provar que não estamos falando de coisas inúteis, comecemos pela segunda parte desta pergunta.
O leitor certamente se surpreenderia se disséssemos que sem a mecânica quântica não conheceríamos inúmeros objetos com os quais lidamos corriqueiramante hoje em dia. Só para se ter uma idéia podemos mencionar o nosso aparelho de CD, o controle remoto de nossas TVs, os aparelhos de ressonância magnética em hospitais ou até mesmo o micro-computador que ora usamos na elaboração deste artigo. Todos os dispositivos eletrônicos usados nos equipamentos da chamada high-tech só puderam ser projetados porque conhecemos a mecânica quântica. A título de informação, 30% do PIB americano é devido a estas tecnologias.
Esperando ter convencido o leitor de que estamos longe do terreno da especulação, vamos, então, abordar a primeira parte da pergunta acima lançada. O que é a mecânica quântica?
A mecânica quântica é a teoria que descreve o comportamento da matéria na escala do "muito pequeno", ou seja, é a física dos componentes da matéria; átomos, moléculas e núcleos, que por sua vez são compostos pelas partículas elementares. Muito interessante mas…o que isto nos traz de novo?
A fim de podermos apreciar as novidades que a física quântica pode nos proporcionar, vamos estabelecer alguns conceitos clássicos que nos serão muito úteis adiante.
O primeiro conceito é o de partícula. Para nós este termo significa um objeto que possui massa e é extremamente pequeno, como uma minúscula bolinha de gude. Podemos imaginar que os corpos grandes sejam compostos de um número imenso destas partículas. Este é um conceito com o qual estamos bem acostumados porque lidamos diariamente com objetos dotados de massa e que ocupam uma certa região do espaço.
O segundo conceito é o de onda. Este, apesar de ser também observado no nosso dia a dia, escapa à atenção de muitos de nós. Um exemplo bem simples do movimento ondulatório é o das oscilações da superfície da água de uma piscina. Se mexermos sistematicamente a nossa mão sobre esta superfície, observaremos uma ondulação se afastando, igualmente em todas as direções, do ponto onde a superfície foi perturbada.
O caso particular aqui mencionado é o de onda material, ou seja, aquela que precisa de um meio material para se propagar (a água da piscina no nosso caso). Entretanto, esse não é o caso geral. Há ondas que não precisam de meios materiais para a sua propagação, como é o caso da radiação eletromagnética. Aqui, a energia emitida por cargas elétricas aceleradas se propaga no espaço vazio (o vácuo) como as ondas na superfície da piscina.
Apesar da sua origem mais sutil, a radiação eletromagnética está também presente na nossa experiência diária. Dependendo da sua frequência ela é conhecida como: onda de rádio, FM, radiação infravermelha, luz visível, raios-X e muito mais.
Pois bem, até o final do século XIX tudo o que era partícula tinha o seu movimento descrito pela mecânica newtoniana enquanto que a radiação eletromagnética era descrita pelas equações de Maxwell do eletromagnetismo.
O que ocorreu no primeiro quarto do século XX foi que um determinado conjunto de experiências apresentou resultados conflitantes com essa distinção entre os comportamentos de onda e de partícula. Estes resultados podem ser resumidos em uma única experiência que passamos a descrever, em seguida, na sua versão clássica.
Imagine que uma onda, material ou não, incida sobre um anteparo opaco onde haja duas fendas (ver figura abaixo). Cada uma das fendas passa então a ser fonte de um novo movimento ondulatório. Uma característica fundamental deste movimento é o fenômeno de interferência, que reflete o fato das oscilações provenientes de cada uma das fendas poderem ser somadas ou subtraídas uma da outra. Colocando-se agora um segundo anteparo, distante do primeiro, onde iremos detetar a intensidade da onda que o atinge, observaremos como resultado uma figura que alterna franjas com máximos e mínimos da intensidade da onda. Esta é a chamada figura de interferência.
a) arranjo experimental
b) visão frontal do segundo anteparo


Vamos agora repetir a mesma experiência com a diferença que, ao invés de ondas, incidimos partículas sobre o primeiro anteparo. O que ocorre nesta nova situação é a presença de duas concentrações distintas de partículas atingindo o segundo anteparo. Aquelas que passam por uma ou outra fenda, como mostra a figura abaixo.


Este seria, portanto, o resultado esperado pela física clássica. Entretanto, quando esta experiência é feita com partículas como elétrons ou nêutrons, ocorre o inesperado: forma-se no segundo anteparo uma figura de interferência na concentração de partículas que a atingem, como mostramos em seguida.

Ainda mais estranho é a repetição desta mesma experiência com apenas uma partícula. Ela passa pelo primeiro anteparo e atinge o segundo em apenas um ponto. Vamos, então, repetir esta mesma experiência um número enorme de vezes. O resultado é que em cada experimento o ponto de deteção no segundo anteparo é diferente. Entretanto, sobrepondo todos os resultados obtidos nos segundos anteparos de cada experiência obtém-se, novamente, a mesma figura de interferência da figura anterior!
Assim, mesmo falando de apenas uma partícula, nos vemos obrigados a associá-la a uma onda para que possamos dar conta da característica ondulatória presente no nosso exemplo. Por outro lado, devemos relacionar esta onda à probabilidade de se encontrar a partícula em um determinado ponto do espaço para podermos entender os resultados de uma única experiência de apenas uma partícula. Este é o chamado princípio da dualidade onda-partícula.
Um outro fato intrigante ocorre quando tentamos determinar por que fenda a partícula passou. Para resolver esta questão podemos proceder fechando uma das fendas para ter certeza que ela passou pela outra fenda. Outra surpresa: a figura de interferência é destruida dando lugar a apenas uma concentração bem localizada de partículas, a daquelas que passaram pela fenda aberta! Portanto, ao montarmos um experimento que evidencia o carater corpuscular da matéria, destruimos completamente o seu carater ondulatório, ou seja, o oposto ao caso com as duas fendas abertas. Este é o princípio da complementaridade.
De uma forma geral podemos interpretar os resultados do experimento aqui descrito como os de um sistema sujeito a uma montagem na qual o seu comportamento depende de alternativas A e B (no nosso caso, a passagem da partícula por uma das fendas). Enquanto que na mecânica clássica o sistema escolhe A ou B, aleatoriamente, na mecânica quântica estas duas alternativas interferem. Entretanto, ao questionarmos, ou melhor, medirmos, por qual alternativa o sistema opta, obteremos o resultado clássico.
Um sistema quântico, ao contrário do clássico, só pode ser descrito através das possíveis alternativas (não necessariamente apenas duas) que a nossa montagem apresente para ele. A onda associada ao sistema carrega a possibilidade de interferência entre as diferentes alternativas e é a informação máxima que podemos ter sobre o sistema em questão.
A aplicação desta teoria a problemas nas escalas atômicas e sub-atômicas apresenta resultados como a quantização da energia ou o tunelamento quântico que, por si só, já mereceriam a elaboração de um outro artigo para que o leitor pudesse apreciá-los.
O mais interessante é que a mecânica quântica descreve, com sucesso, o comportamento da matéria desde altíssimas energias (física das partículas elementares) até a escala de energia das reações químicas ou, ainda de sistemas biológicos. O comportamento termodinâmico dos corpos macroscópicos, em determinadas condições, requer também o uso da mecânica quântica.
A questão que nos resta é então; por quê não observamos estes fenômenos no nosso cotidiano, ou seja, com objetos macroscópicos? Bem, há duas razões para isso. A primeira é que a constante de Planck é extremamente pequena comparada com as grandezas macroscópicas que têm a sua mesma dimensão. Baseados neste fato, podemos inferir que os efeitos devidos ao seu valor não nulo, ficarão cada vez mais imperceptíveis à medida que aumentamos o tamanho dos sistemas. Em segundo lugar, há o chamado efeito de descoerência. Este efeito só recentemente começou a ser estudado e trata do fato de não podermos separar um corpo macroscópico do meio onde ele se encontra. Assim, o meio terá uma influência decisiva na dinâmica do sistema fazendo com que as condições necessárias para a manutenção dos efeitos quânticos desapareçam em uma escala de tempo extremamente curta.
Entretanto, as novas tecnologias de manipulação dos sistemas físicos nas escalas micro ou até mesmo nanoscópicas nos permitem fabricar dispositivos que apresentam efeitos quânticos envolvendo, coletivamente, um enorme número de partículas. Nestes sistemas a descoerência, apesar de ainda existir, tem a sua influência um pouco reduzida, o que nos permite observar os efeitos quânticos durante algum tempo.
Uma aplicação importante para alguns destes dispositivos seria a construção de processadores quânticos, o que tornaria os nossos computadores ainda mais rápidos. Nesta situação a minimização dos efeitos da descoerência é altamente desejável pois, em caso contrário, estes processadores de nada iriam diferir dos processadores clássicos.
Como podemos ver, tudo indica que a mecânica quântica seja a teoria correta para descrever os fenômenos físicos em qualquer escala de energia. O universo macroscópico só seria um caso particular para o qual há uma forma mais eficiente de descrição; a mecânica newtoniana. Esta pode ser obtida como um caso particular da mecânica quântica mas a recíproca não é verdadeira.
Muitos autores, por não se sentirem confortáveis com a chamada interpretação ortodoxa ou de Copenhagen da mecânica quântica, tentam criar teorias alternativas para substituí-la. Entretanto, cabe notar que, apesar da sua estranheza, a mecânica quântica não apresentou qualquer falha desde que foi elaborada na década de 20, o que não nos proporciona evidência experimental que aponte para onde buscar as questões capazes de derrubá-la.
Amir O. Caldeira é professor do Instituto de Física Gleb Wataghin da Unicamp.


A Criação
Autora: AUSONIA T.B.KLEIN

O Indiferenciado!! Dele surge o Espaço Cósmico Infinito, expirando e inspirando, contraindo e expandindo, criando com Seu som, Existências Flamejantes com miríades de Sóis, que após certo tempo, desaparecem em um Torvelinho Ígneo de Amor, para renascer no Coração Eterno do Logos Criador - O Absoluto - O Indiferenciado.
"Quando compreendermos a nós mesmos,
compreenderemos o Universo.
Como somos, não compreenderemos nem o
mundo nem a nós mesmos".

J.G.Bennett.
Foto tirada pelo telescópio Hubble
de Outras Galáxias

Alguns afirmarão: sorte, coincidência, acaso, milagre, som, caos, nada disto importa. Os Universos existem e sempre existirão. Muitos defenderão as teorias da expansão, do relativismo, do estado informe, do Big-Bang, etc., mas a eterna indagação sobre a Criação, é um dos Mistérios Sagrados que o homem busca entender.
O Universo sensível é movimento. É movimento até no repouso.
"Estou sobre a ponte, que maravilha! Não é o rio que corre, é a ponte que avança sobre a torrente".
A energia criadora do Alento Divino a tudo preenche e após um repouso que pode ser ocasional ou incidental, parcial ou definitivo, absoluto e perpétuo, desperta para um Novo Dia.
O mundo renasce ao final de cada noite e em uma Noite de descanso o Não Nascido, cria um novo Universo. Expirando produz um mundo e Inspirando um mundo desaparece. Tudo que surge deste ritmado Som reflete - "O Senhor que existe por Si Mesmo", é a Mente Divina criando eternamente.
Sua expiração é chamada de Sopro Divino, Deidade Incognoscível e, sua Inspiração é o Cosmos. Inspirar e Expirar o Fohat dinâmico da Ideação Cósmica. Para Subba Row, é o instrumento com que o Logos opera.
E o sagrado Mah forma, com suas luzentes trombetas, todos os princípios e fins. É a Luz se fazendo existir em forma de Deuses.
O Espaço desconhecido, a Unidade Substancial e Fonte de Vida, a Realidade Una, a Consciência Absoluta, o Espírito, é chamado de Parabrahman.
Fohat, é o pensamento Divino e manifestado e dá impulso à forma regulada, sustentada pelos Sopros que jamais descansam (Dhyan Chohans)
Dhyan Chohans são os arquétipos do mundo visível, hostes de seres angélicos destinados a guiar, a velar sobre cada região, desde o princípio até o fim do Manvatara (período de manifestação do Universo).
Vejamos o que nos relatam alguns Mestres sobre o processo da Criação e sobre o Absoluto:
"Da amorosa fusão do Pai Espírito, que é o aspecto positivo ou dinâmico do Espaço, com a Mãe Matéria, que é o Espaço, em seu aspecto receptivo, com toda sua imensa e desconhecida capacidade de resposta a todos os impactos surgidos de qualquer centro criador, surge constante e invariavelmente o Filho do Espaço ,a consciência da Criação que remove criadoramente o Éter e constrói o "Círculo que Não se Passa",estabelecida para todas as possíveis e intermináveis criações (Vícent B. Anglada).
Como nos disse Swami Vivekananda em resposta à uma indagação. Como o infinito,o Absoluto chegou a ser finito?
"O Absoluto a) chegou a ser o Universo b) passou pelo tempo, espaço e causalidade. O tempo, espaço e causalidade são como um cristal através do qual se vê o Absoluto. Se olharmos na parte inferior, se apresenta abaixo a aparência do Universo e isso nos mostra imediatamente, que no Absoluto não há tempo, espaço, nem causa…
O Absoluto é um oceano e todas as coisas são múltiplas ondas deste oceano."
Uma das passagens do Rig Veda que nos fala da Criação:
"Nada existia,nem coisa alguma também não existia,
Não havia morte, entretanto nada era imortal,
Não havia fronteiras entre o dia e a noite,
Somente o Um respirava exânime por Si mesmo,
Além Dele, nada existia…
…Quem conhece o segredo? Quem o anunciou?
De onde surgiu essa criação multiforme?
Os próprios deuses só nasceram mais tarde…
Quem sabe de onde surgiu essa manifestação multiforme?
De que,de onde essa grande criação surgiu,
Se a Sua vontade foi quem criou ou quedou-se muda,
Altíssimo Vidente que está no céu mais alto,
Ele o sabe - ou talvez nem mesmo Ele saiba ".
Hermes Trimegisto em sua Tábua das Esmeraldas sabiamente nos diz:
"Isso é verdade,…O que vês em baixo é como o que vês no alto, e o que vês no alto, é como o que vês embaixo, para perpetuar o milagre de uma só coisa.
…Tu separas a terra do fogo,o sutil do espesso, delicadamente, com grande inteligência… Eis a força de toda força;pois ela vencerá todo o sutil e penetrará todo o sólido. Assim o mundo foi criado…."
Senésio, no Hino ao Pai dos Mundos nos fala da Unidade e do Um anterior :
"Tu és a Unidade das unidades ,o Número dos números, a Unidade e o Número, a Inteligência e o intelectual, Tu és também o Inteligível anterior ao inteligível, o Um e o Todo, o Um anterior ao todo, Germe do todo, a raiz do ramo, a força Vital do intelecto, fêmea e macho. A Inteligência iniciada que sobre o abismo inefável,conduz suas rondas dançantes não cessando de repetir".
Livro de Manu :
"…Ao terminar a noite desperta Brahmân e pela energia de seu próprio movimento emana de Si mesmo o espírito que em sua essência é e sem dúvida não existe. Integrado pelo desejo de cirar, o Espírito emanado dá começo à Criação e cria o éter, a que os sábios atribuem a propriedade de transmitir o som…"

Livro de Zohar

"Quando o Oculto no oculto, acabou de se manifestar, traçou primeiro um ponto, revestindo-o de forma sagrada e o cobriu da rica e esplendida vestidura a que chamamos mundo…"
Alguns dos ensinamentos Ocultistas dos Grandes Mestres:
"Da eterna Essência divina,a Força,formou o duplo céu .As Potestades geradoras criaram indefinidamente as formas equilibradamente opostas que chamam céu e terra, espaço e os corpos, volátil e fixo, movimento e gravidade"…
"Da Vida Una informe e incriada ,procede o Universo de Vidas. Primeiro manifestou o Abismo (Caos) o Fogo frio e luminoso o qual formou os Coágulos no espaço…
"A Criação,é portanto o período de atividade (Manvatara) de Deus,que possui dois modos:Atividade e Existência: Deus desenvolvido e Passividade do Ser (Pralaya)."
"Deus não é uma mente ,senão a Causa de que a Mente existia, não é um espírito ,senão a Causa do Espírito, não é a luz, senão a Causa da Luz".
"A Existência Inicial no primeiro Crepúsculo do Mahamanvatara, é uma Qualidade Espiritual Consciente ".
"O Criador não é o Absoluto incondicionado,nem sequer seu reflexo, senão os "Sete Deuses", os "Construtores"que,com a matéria eterna, modelam o Universo e vivificam em objetiva vida ,refletindo nele a Única Realidade".
"Nada vem do nada, é dizer nada foi tirado do nada, nada foi criado, mas tudo que existe, existia de alguma maneira desde a eternidade’.
No Rig Veda:
"…não havia não entidade nem entidade, nem atmosfera nem céu mais além, não havia morte nem, portanto, imortalidade, nem dia nem noite, não havia nada distinto dessa Unidade sem alento por essência, nem nada além dela. Desse germe emanaram poderosas forças produtivas, a natureza embaixo e a energia em cima…"
O Uno Puro, Sem Forma,Incorpóreo, Ele o Conhecedor, o Auto-Existente, ELE e a CRIAÇÃO, enigmas do eterno Devenir, mas quando lembramos que TAT TVAN ASI - TU ÉS AQUELE e que AUM É BRAHMAN, AUM É TUDO, não existe mais mistério.
"Quando um espírito superior escuta o Tao,ele o pratica com zelo,
Quando um espírito médio escuta o Tao,ora o conserva,ora o perde.
Quando um espírito inferior escuta o Tao,ele dá gargalhadas.
Se ele não risse,o Tao não seria mais o Tao."
Lao -Tze.

Claudio Dezidério