quinta-feira, 13 de março de 2014

Eu não me preocupo com o amanhã, vou numa canoinha,
descendo o rio de águas mansas, apreciando o que
vejo e o que também não vejo, vou indo... o que será...
será... o que não será... não faz mal... fica pra outra vez,
que eu sei que terá, e serão milhões... de anos ... ou uma eternidades de vidas ... uma hora qualquer eu chego ao oceano ... e lá terei a paz e a luz que tanto almejo! Paz Profunda a todos os Seres!
GNOSTICISMO
APÓCRIFO
EVANGELHO SEGUNDO BARTOLOMEU
Jerônimo e Epifânio citam o Evangelho de Bartolomeu, onde se registra a conversa de Bartolomeu e Cristo com Belial, começando após a Ressurreição. Adão, o Diabo, o Inferno, Enoch e Elias são mencionados ao longo da narrativa, além de Maria comentar com os apóstolos detalhes da Concepção. Bastante significativo também é o trecho onde Belial comenta sua Queda.
EVANGELHO DE BARTOLOMEU
Depois que Nosso Senhor Jesus Cristo ressuscitou de entre os mortos, acercou-se dele Bartolomeu e abordou-o desta maneira:
— Desvela-nos, Senhor, os mistérios dos céus.
Jesus respondeu-lhe:
— Se não me despojar deste corpo carnal não os poderei desvelar.
Bartolomeu, pois, acercando-se do Senhor, disse-lhe:
—Tenho algo a dizer-lhe, Senhor.
Jesus, por sua vez, respondeu:
— Já sei o que me vais dizer. Dize-me, pois, o que quiseres. Pergunta e eu te darei a razão.
Bartolomeu, então, falou:
— Quando ias no caminho da cruz, eu te segui de longe. E te vi a ti, dependurado no lenho, e os anjos que, descendo dos céus, te adoraram. Ao sobrevirem as trevas e eu estava a tudo contemplando. Eu vi como desapareceste da cruz e só pude ouvir os lamentos e o ranger de dentes que se produziram subitamente das entranhas da terra. Dize-me, Senhor, onde foste depois da cruz.
Jesus, então, respondeu desta forma:
— Feliz de ti, Bartolomeu, meu amado, porque te foi dado contemplar este mistério. Agora podes perguntar-me qualquer coisa que a ti ocorra, porque tudo dar-te-ei eu a conhecer. Quando desapareci da cruz, desci aos Infernos para dali tirar Adão e a todos que com ele se encontravam, cedendo às suplicas do arcanjo Gabriel.
Então disse Bartolomeu:
— E o que significa aquela voz que se ouviu?
Responde-lhe Jesus:
— Era a voz do Tártaro que dizia a Belial: a meu modo de ver, Deus se fez presente aqui. Quando desci, pois, com meus anjos ao Inferno para romper os ferrolhos e as portas de bronze, dizia ele ao Diabo: parece-me que é como se Deus tivesse vindo à terra. E os anjos dirigiram seus clamores às potestades, dizendo: levantai, ó príncipes, as portas e fazei correr as cortinas eternas, porque o Reino da Glória vai descer à terra. E o Inferno disse: quem é esse Rei da Glória que vem do céu a nós? Mas quando já havia descido quinhentos passos, o Inferno encheu-se de turbação e disse: parece-me que é Deus que baixa à terra, pois ouço a voz do Altíssimo e não o posso agüentar. E o Diabo respondeu: não percas o ânimo, Inferno; recobra teu vigor, que Deus não desce à terra. Quando voltei a baixar outros quinhentos passos, os anjos e potestades exclamaram: alçai as portas ao vosso Reino e elevai as cortinas eternas, pois es que está para entrar o Rei da Glória. Disse de novo o Inferno: ai de mim! Já sinto o sopro de Deus. E disse o Diabo ao Inferno: para que me assustas, Inferno? Se somente é um profeta que tem algo semelhante com Deus ... Apanhemo-lo e levemo-lo à presença desses que crêem que está subindo ao céu. Mas replicou o Inferno: e quem é entre os profetas? Informa-me. É, por acaso, Enoch, o escritor mui verdadeiro? Mas Deus não lhe permite baixar à terra antes de seis mil anos. Acaso te referes a Elias, o vingador? Mas este não poderá descer até o final do mundo. Que farei? Para nossa perdição, é chegado o fim de tudo, pois aqui tenho escrito em minha mão o número dos anos. Belial disse ao Tártaro: não te perturbes. Assegura bem teus poderes e reforça os ferrolhos. Acredita-me, Deus não baixa à terra. Responde o Inferno: não posso ouvir tuas belas palavras. Sinto que se me arrebenta o ventre e minhas entranhas enchem-se de aflição. Outra coisa não pode ser: Deus apresentou-se aqui. Ai de mim! Aonde irei esconder-me de seu rosto, da sua força do grande Rei? Deixa-me que me esconda em tuas entranhas, pois fui criado antes de ti. Naquele preciso momento, entrei. Eu o flagelei e o atei com correntes que não se rompem. Depois fiz sair a todos os Patriarcas e voltei novamente para a cruz.
— Dize-me, Senhor — disse-lhe Bartolomeu. — Quem era aquele homem de talhe gigantesco a quem os anjos levavam em suas mãos?
Jesus respondeu:
— Aquele era Adão, o primeiro homem que foi criado, a quem fiz descer do céu à terra. E eu lhe disse: por ti e por teus descendentes fui pregado na cruz. Ele, ao ouvir isso, deu um suspiro e disse: assim, rendo-me a ti, Senhor.
De novo disse Bartolomeu:
— Vi também os anjos que subiam diante de Adão e que entoavam hinos, mas um destes, o mais esbelto de todos, não queria subir. Tinha em suas mãos uma espada de fogo e fazia sinais somente a ti. Os demais rogavam que ele subisse ao céu, mas ele não queria. Quando, porém, tu o mandaste subir, vi uma chama que saia de suas mãos e que chegava à cidade de Jerusalém.
Disse Jesus:
— Era um dos anjos encarregados de vingar o trono de Deus. E estava suplicando a mim. A chama que viste sair de suas mãos feriu o edifício da sinagoga dos judeus para dar testemunho de mim, por terem eles me sacrificado.
Quando falou isso, disse aos apóstolos:
— Esperai-me neste lugar, porque hoje se oferece um sacrifício no paraíso e ali hei de estar para recebê-los.
Falou Bartolomeu:
— Qual é o sacrifício que se oferece hoje no paraíso?
Jesus respondeu:
— As almas dos justos, que saíram do corpo, vão entrar hoje no Éden e, se eu não estiver lá presente, não poderão entrar.
Bartolomeu continuou:
— Quantas almas saem diariamente deste mundo?
Disse-lhe Jesus:
— Trinta mil.—
Insistiu Bartolomeu:
— Senhor, quando te encontravas entre nós ensinando-nos tua palavra, recebia sacrifícios no paraíso?
— Respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo eu, meu amado, que, quando me encontrava entre vós ensinando-vos a palavra, estava simultaneamente sentado junto de meu Pai.
Disse-lhe Bartolomeu:
— Quantas almas nascem diariamente no mundo?
Responde-lhe Jesus:
— Uma só a mais do que as que saem do mundo.
Dizendo isto, deu-lhes a paz e desapareceu no meio deles.
Estavam os apóstolos em um lugar chamado Chiltura, com Maria, a Mãe de Jesus Cristo. Bartolomeu, acercando-se de Pedro, André e João, disse-lhes:
— Por que não pedimos à cheia de graça que nos diga como concebeu ao Senhor e como pôde carregar em seu seio e dar à luz o que não pôde ser gestado?
Eles vacilaram em perguntar-lhe.
Disse Bartolomeu a Pedro:
— Tu, como corifeu e nosso mestre que és, acerca-te e pergunta-lhe.
Mas, ao ver todos vacilantes e em desacordo, Bartolomeu acercou-se dela e disse:
— Deus te salve, Tabernáculo do Altísimo; aqui viemos todos os apóstolos a perguntar-te como concebeste ao que é incompreensível, e como carregaste em teu seio aquele que não pôde ser gestado, ou como, enfim, deste à luz tanta grandeza.
Maria respondeu:
— Não me interrogueis acerca deste mistério. Se começar a falar-vos dele, sairá fogo de minha boca e consumirá toda a terra.
Eles insistiram e Maria, não querendo dar-lhes ouvidos, disse:
— Oremos.—
Os apóstolos puseram-se de pé atrás de Maria. Esta disse a Pedro:
— E tu, Pedro, que és chefe e grande pilar, estás de pé atrás de nós? Pois não disse o Senhor que a cabeça do varão é Cristo e a da mulher é o varão?’
Eles replicaram:
— O Senhor plantou sua tenda em ti e em tua pessoa houve por bem ser contido. Tu deves ser nossa guia na oração.
Maria, então, disse-lhes:
— Vós sois estrelas brilhantes do céu. Vós sois os que devem orar.
Disseram eles:
— Tu deves orar, pois que sois a Mãe do Rei Celestial.
Maria colocou-se diante deles e elevando as mãos aos céus começou a dizer:
— Ó Deus, tu que és o Grande, o Sapientíssimo, o Rei dos séculos, inexplicável, inefável, aquele que com uma palavra deu consistência às magnitudes siderais, aquele que fundamentou em afinada harmonia a excelsitude do firmamento, aquele que separou a obscuridade tenebrosa da luz, aquele que alicerçou em um mesmo lugar os mananciais das águas; tu que deste base à terra, tu que não podendo ser contido nos sete céus, te dignaste a ser contido em mim sem dor alguma, sendo Verbo Perfeito do Pai, por quem todas as coisas foram feitas; da glória, Senhor, a teu magnífico nome, manda-me falar na presença de teus santos apóstolos.
Terminada a oração, disse:
— Sentemo-nos no chão e vem tu, Pedro, que és o chefe. Senta-te à minha direita e apoia com tua esquerda meu braço. Tu, André faz o mesmo do lado esquerdo. Tu, João, que és virgem, segura meu peito. E tu, Bartolomeu, põe-te de joelhos atrás de mim e apóia minhas costas para que, ao começar falar, meus ossos não se desarticulem.
Quando fizeram isso, começou ela a falar:
— Estando eu no templo de Deus, aonde recebia alimento das mãos de um anjo, apareceu-me certo dia uma figura que me pareceu ser angélica. Mas seu semblante era indescritível, e não levava nas mãos nem o pão nem o cálice, como o anjo que anteriormente tinha vindo a mim. Eis que de repente, rasgou-se o véu do templo e sobreveio um grande terremoto. Joguei-me por terra, não podendo suportar o semblante do anjo, mas ele estendeu-me sua mão e levantou-me. Olhei para o céu e vi uma nuvem de orvalho que aspergiu-me da cabeça aos pés. Então ele enxugou-me com o seu manto e disse-me: salve, cheia de graça, cálice da eleita. Deu, então, um golpe com sua mão direita e apareceu um pão muito grande, que colocou sobre o altar do templo. Comeu em primeiro lugar e em seguida deu-o a mim também. Deu outro golpe com a ourela esquerda de sua túnica e apareceu um cálice muito grande e cheio de vinho. Bebeu em primeiro lugar e em seguida deu-o a mim também. E meus olhos viram um cálice transbordante e um pão. Disse-me, então: ao cabo de três anos, eu te dirigirei novamente minha palavra e conceberás um filho pelo qual será salva toda a criação. Tu és o cálice do mundo. A paz esteja contigo, minha amada, e minha paz te acompanhará sempre. Após isto, desapareceu de minha presença, ficando o templo como estava anteriormente.
Ao terminar de falar, começou a sair fogo de sua boca. Quando o mundo estava para ser destruído, apareceu o Senhor que disse a Maria:
— Não desveles este mistério, porque se o fizerdes no dia de hoje sofrerá a criação inteira um cataclismo.
Os apóstolos, consternados, temeram que o Senhor pudesse irar-se contra eles.
O Senhor caminhou com eles até o Monte Moria e se sentou no meio deles. Como tinham medo, hesitavam em perguntar-lhe. Jesus incitou-os:
— Perguntai-me o que quiserdes, pois dentro de sete dias partirei para o meu Pai e já não estarei visível a vós nesta forma.
Eles, vacilantes, disseram:
— Permite-nos ver o abismo, como nos prometeste.
Respondeu Jesus:
— Melhor seria para vós não verdes o abismo; mas, se o queres, segui-me e o vereis.
Ele os conduziu ao local chamado Cherudik, cujo significado é lugar de verdade, e fez um sinal aos anjos do Ocidente. A terra abriu-se como um livro e o abismo apareceu.
Ao vê-lo, os apóstolos prostraram-se em terra, mas o Senhor os ergueu dizendo:
— Não vos dizia, há pouco, que não vos faria bem verdes o abismo?’
Jesus tomou-os de novo e pôs-se a caminho do monte das Oliveiras. Pedro disse a Maria:
— Oh tu, cheia de graça, roga ao senhor que nos revele os arcanjos celestiais.
Maria respondeu a Pedro:
— Oh tu, pedra escolhida por acaso não prometeu ele fundar sua Igreja sobre ti?
Pedro insistiu:
— A ti, que és um amplo tabernáculo, cabe perguntar.
Disse Maria:
— Tu és a imagem de Adão e este não foi formado da mesma maneira que Eva. Observa o sol e vê que, tal qual Adão, ele se avantaja em brilho aos demais astros. Observa também a lua e vê como está enodoada pela transgressão de Eva. Porque pôs Adão ao oriente e Eva ao Ocidente, ordenando a ambos que ofereçam a face mutuamente.
Quando chegaram ao cimo do monte o Senhor afastou-se um pouco deles, e Pedro
disse a Maria:
— Tu és aquela que desfez a infração de Eva, transformando-a de vergonha em regozijo.
Quando Jesus retornou, disse-lhe Bartolomeu:
— Senhor, mostra-nos o inimigo dos homens para que vejamos quem é e quais são suas obras, já que nem mesmo de ti se apiedou, fazendo-te pender do patíbulo.
Jesus, fixando nele seu olhar, disse-lhe:
— Teu coração é duro. Não te é dado ver isso que pedes.
Então, Bartolomeu, todo agitado, caiu aos pés de Jesus, dizendo:
— Jesus Cristo, chama inextinguível, criador da luz eterna, tu que hás dado a graça universal a todos os que te amam e que nos hás outorgado por meio da Virgem Maria o fulgor perene da tua presença neste mundo, concede-nos o nosso desejo.
Quando Bartolomeu acaba de falar, o Senhor ergueu-se dizendo:
— Vejo que é teu desejo ver o adversário dos homens. Mas lembra-te que, ao fitá-lo, não apenas tu mas também os demais apóstolos e Maria caireis por terra e ficareis como mortos.
Mas todos lhe disseram:
— Senhor, vejamo-lo.
Então fê-los descer do monte das Oliveiras. E, havendo lançado um olhar enfurecido aos anjos que custodiavam o Tártaro, ordenou a Micael que fizesse soar a trombeta fortemente. Quando este o fez, Belial subiu aprisionado por 6 064 anjos e atado com correntes de fogo.
O dragão tinha de altura mil e seiscentos côvados e de largura, quarenta. Seu rosto era como uma centelha e seus olhos, tenebrosos. Do seu nariz saía uma fumaça mal-cheirosa e sua boca era como a face de um precipício.
Ao vê-lo, os apóstolos caíram por terra sobre os rostos e ficaram como que mortos. Jesus acercou-se deles, ergueu-os e infundiu-lhes ânimo.
Disse a Bartolomeu:
— Pisa com teu próprio pé sua cerviz e pergunta-lhe quais foram suas obras até agora e como engana os homens.
Jesus estava de pé com os demais apóstolos. Bartolomeu, temeroso, ergueu a voz e disse:
— Bendito seja desde agora e para sempre o nome de teu reino imortal.
Quando ele acabou de dizer isso, Jesus o exortou de novo:
— Anda, pisa a cerviz de Belial.
Bartolomeu caminhou apressadamente para Belial e pisou-lhe o pescoço, deixando-o a tremer.
Bartolomeu fugiu assustado, dizendo:
— Deixa-me pegar a borda de tuas vestes para que me atreva a aproximar-me dele.
Jesus respondeu-lhe:
— Não podes tocar a fímbria das minhas vestes porque não são as mesma que eu tinha antes de ser crucificado.
Disse-lhe Bartolomeu:
— Tenho medo, Senhor, de que, assim como não se compadeceu dos anjos, da mesma maneira me esmague também a mim.
Respondeu Jesus:
— Mas por acaso não se acertaram todas as coisas graças à minha palavra e à inteligência de meu Pai? A Salomão se submeteram os espíritos. Vai tu, pois, em meu nome, e pergunta-lhe o que quiseres.
Ao fazer Bartolomeu o sinal da cruz e orar a Jesus, irrompeu um incêndio e as vestes do apóstolo foram tomadas pelas chamas.
Disse-lhe então Jesus de novo:
— Pisa, como te disse, na cerviz, de maneira que possas perguntar-lhe qual é o seu poder.
Bartolomeu, pois, se foi e pisou-lhe a cerviz, que trazia oculta até as orelhas, dizendo-lhe:
— Dizei-me quem és tu e qual é teu nome.
Bartolomeu, afrouxou-lhe um pouco as ligaduras e lhe disse:
— Conta tudo quanto tens feito.
Respondeu Belial:
— A princípio me chamava Satanail, que quer dizer mensageiro de Deus, Mas, desde que não reconheci a imagem de Deus, meu nome foi mudado para Satanás, que quer dizer anjo guardião do tártaro.
Bartolomeu falou de novo:
— Conta tudo sem nada ocultar.
Ele respondeu:
— Juro-te pela glória de Deus que, ainda que quisesse ocultá-lo, ser-me-ia impossível. Está aqui presente aquele que me acusa. E se me fosse possível vos faria desaparecer a todos da mesma maneira que o fiz com aquele que pregou para vós. Também fui chamado primeiro anjo porque, quando Deus fez o céu e a terra, apanhou um punhado de fogo e formou-me a mim primeiro e o segundo foi Micael, e o terceiro Gabriel, e o quarto Rafael, e o quinto Uriel, o sexto Xathsnael e assim outros seis mil anjos, cujos nomes me é impossível pronunciar, pois são os lictores de Deus e me flagelam sete vezes a cada dia e sete vezes a cada noite. Não me deixam um momento e são os encarregados de minar minhas forças. Os anjos vingadores são estes que estão diante do trono de Deus. Eles foram criados primeiro. Depois destes foi criada a multidão dos anjos: no primeiro céu há cem miríades; no segundo, cem miríades; no terceiro, cem miríades; no quarto, cem miríades; no quinto, cem miríades, no sexto, cem miríades; no sétimo, cem miríades. Fora do âmbito dos sete céus está o primeiro firmamento, onde residem as potestades que exercem sua atividade sobre o homem. Há também outros quatro anjos: Um é Bóreas, cujo nome é Vroil Cherum, tem na mão uma vara de fogo e neutraliza a força que a umidade exerce sobre a terra, para que esta não chegue a secar. Outro anjo está no Aquilon e seu nome é Elvisthá. Etalfatha tem a ser cargo o Aquilon. E ambos, ele e Mauch, que está na Bóreas, mantêm em suas mãos tochas incendiadas e varas de fogo para neutralizar o frio, o frio dos ventos, de maneira que a terra não se resseque e o mundo não pereça. Cedor cuida do Austro, para que o sol não perturbe a terra, pois Levenior apaga a chama que sai da boca daquele, para que a terra não seja abrasada. Há outro anjo que exerce domínio sobre o mar e reduz o empuxo das ondas. O mais não estou a revelar.
Insistiu Bartolomeu:
— Anda dize-me, malfeitor e mentiroso, ladrão desde o berço, cheio de amargura, engano, inveja e astúcia, velho réptil, trapaceiro, lobo rapace, como te arrumas para induzir os homens a deixar o Deus vivo, criador de todas as coisas, que fez o céu e a terra e tudo que neles está contido? Pois és sempre inimigo do gênero humano.
Disse o Anticristo:
— Dir-te-ei. Es aqui uma roda que sobe do abismo e tem sete facas de fogo. A primeira delas tem doze canais.
Perguntou-lhe Bartolomeu:
— Quem está nas facas?
Respondeu o Anticristo:
— No canal ígneo da primeira faca ficam os inclinados ao sortilégio, à adivinhação e à arte de encantamento e também os que neles crêem e o buscam, já que por malícia de seu coração buscaram adivinhações falsas. No segundo canal de fogo vão os blasfemos, que maldizem de Deus, de seu próximo e das Escrituras. Também ficam ai os feiticeiros e os que os buscam e lhes dão crédito. Entre os meus encontram-se também os suicidas, os que se lançam à água, ou se enforcam, ou se ferem com a espada. Todos esses estarão comigo. No terceiro canal vão os homicidas, os que se entregam à idolatria e os que se deixam dominar pela avareza ou pela inveja, que foi o que me arrojou do céu à terra. Nos demais canais vão os perjuros, os soberbos, os ladrões, os que desprezam os peregrinos, os que não dão esmolas, os que não ajudam os encarcerados, os caluniadores, os que não amam o próximo e os demais pecadores que não buscam a Deus ou o servem debilmente. A todos esses eu os submeto ao meu arbítrio.
Tornou, então, Bartolomeu:
— Dize-me, diabo mentiroso e insincero! Fazes tu essas coisas pessoalmente ou por intermédio de teus iguais?
Respondeu-lhe o Anticristo:
—Oh se eu pudesse sair e fazer essas coisas por mim mesmo! Em três dias destruiria o mundo inteiro. Desgraçadamente, porém, nem eu nem nenhum dos que foram arrojados juntamente comigo podemos sair. Temos, todavia, outros ministros mais fracos que, por sua vez, atraem outros colegas ao quais emprestamos nossa vestimentas e mandamos semear insídias que enredem as almas dos homens com muita suavidade, afagando-as, para que se deixem dominar pela embriaguez, a avareza, a blasfêmia, o homicídio, o furto, a fornicação, a apostasia, a idolatria, o abandono da Igreja, o desprezo da Cruz, o falso testemunho, enfim, tudo o que Deus abomina. Isso é o que nós fazemos. A uns nós os deitamos ao fogo. A outros, nós os lançamos das árvores para que se afoguem. A uns rompemos pés e mãos e a outros lhes arrancamos os olhos. Estas e outras coisas são o que fazemos. Oferecemos ouro e prata e tudo mais que é cobiçável no mundo e àqueles que não conseguimos que pequem despertos fazemo-los pecar adormecidos. Também direi os nomes dos anjos de Deus que nos são contrários. Um deles chama-se Mermeoth, que é o que domina as tempestades. Meus satélites o conjuram e ele lhe dá permissão para que habitem onde queiram; mas ao voltar se incendeiam. Há outros cinqüenta anjos que têm debaixo do seu poder o raio. Quando algum espírito, dentre os nossos, quiser sair pelo mar ou pela terra, esses anjos desferem contra ele uma descarga de pedra. Com isso ateiam o fogo e fazem fender as rochas e as árvore. E quando conseguem dar conosco nos perseguem, obedecendo ao mandato daquele a quem servem. Graças a esse mandato, tu podes exercer poder sobre mim, pelo que me vejo obrigado, muito a meu pesar, a revelar te o segredo e as coisas que não pensava dizer-te.
Continuou Bartolomeu:
— Que tens feito e o que continuas fazendo ainda? Revela-me, Satanás!
Este respondeu:
— Tinha pensado não confessar-te todo o segredo, mas, por aquele que preside ao Universo, cuja cruz me lançou ao cativeiro, não posso ocultar-te nada.
Disse o Senhor Jesus a Bartolomeu:
— Afrouxa-lhes as ligaduras e ordena-lhe que retorne a seu lugar até a vinda do Senhor. Quanto ao mais, já me encarregarei eu mesmo de revelar-vos. Porque é necessário nascer de novo para que aqueles que passaram pela prova possam entrar no Reino dos céus, de onde foi expulso este inimigo por sua soberba, juntamente com aqueles de cujo conselho se servia.
Após isso, disse o apóstolo Bartolomeu ao Anticristo:
— Volta condenado e inimigo dos homens, ao abismo até a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo, o qual há de vir julgar os vivos e mortos e ao mundo inteiro por meio do fogo e a condenar-te a ti e a todos os teus semelhantes. Não tentes daqui em diante continuar praticando isso que foste obrigado a revelar.
Satanás, lançando vozes misturadas com rugidos e gemidos, disse:
— Ai de mim, que tenho me servido de mulheres para enganar a tantos e acabei por ser burlado por uma virgem! Agora vejo-me aferrolhado e atado com cadeias de fogo pelo seu filho e estou ardendo de péssima maneira. Ó virgindade, que estás sempre contra mim! Ainda não se passaram os sete mil anos. como, pois, me vi condenado a confessar as coisas que acabo de dizer?
O apóstolo Bartolomeu, admirando a audácia do inimigo e confiando no poder do salvador, disse a Satã:
— Dize-me, imundíssimo demônio, a causa pela qual foste banido do mais alto do céu. Pois prometeste revelar-me tudo.
Respondeu o Diabo:
— Quando Deus se propôs a formar Adão, pai dos homens, à sua imagem, ordenou a quatro anjos que trouxessem terra das quatro partes do globo e água dos quatro rios do paraíso. Eu estava no mundo naquela ocasião e o homem passou a ser um animal vivente nos quatros rincões da terra onde eu estava. Então Deus o abençoou porque era sua imagem. Depois vieram render-lhe suas homenagens Micael, Gabriel e Uriel. Quando voltei ao mundo, disse-me o arcanjo Micael: adora essa figura que Deus fez segundo sua vontade. Eu me dei conta de que a criatura havia sido feita de barro e disse: eu fui feito de fogo e água e antes do que este. Eu não adoro o barro da terra. De novo me disse Micael: adora-o, antes que o Senhor se aborreça contigo. Eu repliquei: o Senhor não se irritará comigo. Eu vou colocar meu trono contra o dele. Então Deus enfureceu-se comigo, mandou abrir as comportas do céu e me arrojou à terra. Depois que fui expulso, perguntou o Senhor aos demais anjos que estavam às minhas ordens se se dispunham a render-se diante da obra que havia feito com suas mãos e eles disseram: assim como vimos que nosso chefe não dobrou sua cerviz, da mesma maneira não adoraremos um ser inferior a nós. Naquele momento mesmo foram eles expulsos como eu. Ficamos adormecidos durante um período de quarenta anos. Ao despertar, percebi que dormiam os que estavam abaixo de mim e os despertei, seguindo meu capricho. Depois discuti com eles uma forma de lograr o homem por cuja causa fui expulso do céu. Tomada a resolução, descobri como podia seduzi-lo. Tomei em minhas mãos umas folhas de figueira, enxuguei com elas o suor do meu peito e das minhas axilas e atirei-as ao rio. Eva, então, ao beber daquela água, conheceu o desejo carnal e o ofereceu ao marido. A ambos pareceu doce o sabor e não deram conta do amargo de haverem prevaricado. Se não houvessem bebido dessa água, jamais poderia eu enredá-los, pois outro meio eu não tinha para poder superá-los senão esse.
O apóstolo Bartolomeu pôs-se a orar, dizendo :
— Oh, Senhor Jesus cristo! Ordena-lhe que entre no Inferno porque se mostra insolente comigo.
Disse Jesus Cristo a Satã:
—Vai, desce ao abismo e fica ali até minha chegada.
No mesmo instante o Diabo desapareceu.
Bartolomeu, caindo aos pés de Nosso Senhor Jesus Cristo, começou a dizer, banhado em lágrimas:
— Abba! Pai! Tu que continuas sendo único e glorioso Verbo do Pai, por que foram feitas todas as coisas; tu, a quem não te puderam conter os sete céus e que tiveste por habitar o seio de uma Virgem; a quem a Virgem gerou e deu à luz sem dor; tu, Senhor, elegeste aquela a quem verdadeiramente pudeste chamar mãe, rainha e escrava. Mãe, porque por ela te dignaste descer e dela tomaste carne mortal. E rainha porque a constituíste rainha das virgens. Tu que chamas os quatro rios e eles obedecem tuas ordens e se apressam a servi-te. O primeiro, o rio dos Filósofos, para a unidade da Igreja e da Fé, que foi revelada no mundo. O segundo, o Geon, porque foi feito da terra, ou também pelos dois testamentos. O terceiro, o tigre, porque aos que cremos no Pai, no Filho e no Espirito Santo, Deus único por quem foram feitas todas as coisas no céu e na terra, nos foi revelada a Trindade sempiterna, que está nos céus. O quarto, o Eufrates, porque tu te dignaste saciar toda alma vivente por meio do banho da regeneração, que representava a imagem dos Evangelhos que correm por toda a órbita da Terra e que te dignaste anunciar por teus servos, para que, por meio da confissão e da fé, sejam salvos todos os que crêem em teu nome grande e terrível e em teus santos Evangelhos, de maneira que possam alcançar a vida que ainda não possuem.
Continuou Bartolomeu:
— É lícito revelar estas coisas a todos os homens.
Disse-lhe Jesus:
— Pode dá-las a conhecer a todos que sejam crentes e observem este mistério que acabo de desvendar-vos. Pois entre os gentios há alguns que são idólatras, ébrios, fornicadores, maldosos, feiticeiros, malvados, que seguem as artimanhas do inimigo e que odeiam o próximo. Todos esses não são dignos de ouvir esse mistério. Mas são dignos de ouvi-lo todos os que guardam meus mandamentos, os que recebem em si as palavras de Vida eterna que não têm fim, e todos os que têm fim, e todos os que têm parte nos céus com os Santos, justos e fiéis no reino do meu Pai. Todos aquele que se hajam conservado imunes ao erro da iniquidade e hajam seguindo o caminho da salvação e da justiça, devem ouvir este mistério. E tu, Bartolomeu, és feliz, juntamente a tua geração.
Bartolomeu, ao escrever todas essas coisas que ouviu dos lábios de Nosso Senhor Jesus Cristo, mostrou toda sua alegria no rosto e bendisse o Pai, o Filho e o Espirito Santo, dizendo:
— Glória a Ti, Senhor, redentor dos pecadores, vida dos justo, amante da castidade.
O Senhor disse, então, batendo no peito:
— Eu, sou bom, manso e benigno, misericordioso e clemente, forte e justo, admirável e santo, médico e defensor de órfãos e viúvas, remunerador dos justos e fiéis, juiz de vivos e mortos, luz de luz e resplendor da claridade, consolador dos atribulados e cooperador dos pupilos; Alegrai-vos comigo, amigos meus, e recebei meu presente. Hoje vou dar-vos um dom celeste. A todos os que em mim tenham depositado suas aspiração e sua fé, e a vós, estou galardoando com a vida eterna.
Bartolomeu e os demais apóstolos puseram-se a glorificar o Senhor Jesus, dizendo:
— Glória a ti, pai dos céus, rei da vida eterna, foco de luz inextinguível, sol radiante e resplendor da claridade perpétua, reis dos reis, senhor dos senhores. A ti seja dada a magnificência, a glória, o império, o reino, a honra e o poder, juntamente com o Pai e o Espirito Santo. Bendito seja o Senhor Deus de Israel porque nos visitou e redimiu seu povo da mão de seus inimigos e usou conosco de misericórdia e justiça. Louvai a Nosso Senhor Jesus Cristo todas as nações e crede que ele é o juiz de vivos e mortos e o salvador dos fiéis. O qual vive e reina, juntamente com o Pai e o Espirito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.

quarta-feira, 12 de março de 2014

O CÁLICE SAGRADO (SANTO GRAAL)
Benedito De LIma Fernandes
GRAAL - "...é o arcano de lendas antiquíssimas, uma taça de esmeralda, que caiu do céu contendo o sangue divino..."
GALO-CELTA - "...uma caldleira mágica (da inspiração e da ciência), que os deuses invejavam dos homens; o rei Arthur, partiu em sua busca e voltou apenas com sete sobreviventes..."
CRISTIANISMO - "...tornou-se a taça na qual José de Arimatéia recolheu o sangue de Jesus crucificado..."
TALISMÃ CÓSMICO - "...teria sido condensado pela alquimia natural ou divina da Essêcia do Raio Verde, jorrado do coração do Cristo Cósmico..."
***O MITO***
O CONTO DO GRAAL - "A primeira referência literária é o CONTO DO GRAAL, do françês Chrétien de Troyes, 1190, todo o mito é uma consideravel e uma séria interminavel de canções, livros e filmes - sobre o rei Arthur, um poema de 9 mil versos do qual Arthur nunca participou diretamente, o Conto do Graal é uma obra de ficção cientifica que serviu para fortalecer o Reino Unido."
Lisa . - 19/03/2008
Um dos temas principais das lendas do rei Arthur é a busca do Santo Graal, que era estreitamente vinculada à Ordem da Cavalaria da Távola Redonda. Conforme as tradições medievais, Glastonbury foi visitada por Jesus Cristo, sendo ele uma criança, com seu discípulo José de Arimatéia que voltou ali alguns anos depois da crucificação para predicação dos Evangelhos. As lendas contam que José de Arimatéia levava consigo o Cálice que foi utilizado na Última Ceia, além de duas pequenas jarrinhas nas quais continham o sangue e o suor de Jesus Cristo e que, posteriormente, foram enterradas em algum lugar secreto, perto de Glastonbury.
Benedito
O CADUCEU
O cálice sagrado... o supremo sacrifício da descida dos Avatares...
nos templos antiquíssimos da Brimania... na solieta da porta tem
gravado... este símbolo... símbolo também da transformação (da
morte)..........................................................................................
Lisa . - 20/03/2008
O Graal tem inumeras interpretações ... por exemplo, Albert Béguin resume da seguinte forma: "O Graal representa simultaneamente o Cristo morto pelos homens, o cálice da Santa Ceia, a graça divina dada pelo Cristo aos seus discípulos e o cálice da missa que contém o verdadeiro sangue do Salvador. A Mesa sobre a qual repousa o vaso é, segundo esses três planos, o Santo Sepulcro, a mesa dos Doze Apóstolos e o altar em que se celebra o sacrifício cotidiano. Essas três realidades, a Crucificação, a Ceia e a Eucaristia são inseparáveis, e a cerimônia do Graal é a revelação delas, que dá na comunhão o conhecimento da pessoa do Cristo e a participação no seu Sacrifício Salvador".
Segundo Jung o Graal simboliza a plenitude interior que os homens sempre buscaram.....
A perfeição humana não se conquista a golpes de lança como um tesouro material, mas por uma transformação radical do espírito e do coração....
A busca do Santo Graal
A busca do Santo Graal tem um significado mais profundo que o conceito cristão que é o da localização do Santo Cálice.
É a busca do desconhecido, das coisas ocultas, cujo conhecimento abre as portas para a iluminação e para o estado espiritual, obtido com o sofrimento, com a autodisciplina e a perseverança.
Nas leituras do rei Arthur, um dos requisitos fundamentais para encontrar-se o Graal era a pureza do coração. A preparação para a busca, que para tanto implicava em uma série de cerimônias de purificação, era vista conforme a religião que o buscador aderia. Os cavaleiros cristãos rezavam, faziam retiros e outras penitências, e seus ascendentes pagãos ensaiavam rituais de submissão a um poder superior que garantiam, desta maneira, o domínio sobre seus próprios aspectos mais obscuros, porque se o iniciado não conquista a escuridão, não poderá compreender os mistérios ocultos da Luz e da Verdade.
Benedito
Cálice
"um mestre me peguntou... "Benê... onde está o Cálice"...
... ainda está nos arquétipos...
Lisa . (Irª.'. 33°)
... agora uma aprendiz pergunta... Bene, quando estará nos nossos corações?
Benedito
Querida irmã no Sagrado... quando tivermos compaixão
por todos os seres... do menor dos seres... e, só no
fim da Sexta Grande Raça.. daqui a milhões de anos...
na Sétima, sim teremos em nossos corações... tanto que...
"pedi permissão aos Mestres Sagrados... para abrir um ...
Templo ao Altíssimo Deus... (O Vazio) (O Too) o Imanifesto...
e responderam-me que não... porque a humanidade ainda
não estava preparada pra isso... e que ainda ia levar muito...
mas muito tempo..."
Lisa .
... mas quando será????????? as vezes desanimo....
parece que nunca vai terminar...?
Benedito
Eu... muitas vezes me pergunto... para que... estou
trilhando a Senda da Solidão ...
se é muito mais fácil seguir a Doutrina da Mente...
e não a Doutrina do Coração...
espinhosa... terrivelmente difícil...
tendo que atravessaro Abismo da Vacuidade.. do Getsemani...
sabendo que estou só... no Universo...
tendo consciência da Impermanência das Coisas
e do Sangsãra... Inexistência de Tudo...
e que só o Todo é Real...
que vou passar uma eternidade de karmas....
para no fim virar "fumaça"...
eu tb chego a desanimar... e se não for assim...
como poderemos saber... então pelo sim e pelo não...
vamos no Caminho... vamos ver o que vai dar...
sem preocupar-se com o Amanhã...
E... por falar em karma ...
Disse: o Senhor Buda... que até os deuses (acima Dele)
tem karma... que não tem tempo para nós..."
então todos os Seres do Universo Manifestado
tem karma... então.........???
*A ORDEM DO GRAAL*
TEORIA SOBRE O COMEÇO DO MUNDO - "Rosely Von Saas"
"Longos períodos foram necessários até que as regiões escolhidas na Terra para servir de beço aos seres humanos tivessem alcançado o ponto determinado afim de poder cumprir o seu destino... e longos períodos se passaram até que os Babais atingisse o ponto máximo de seu desenvolvimento, necessário para a encarnação dos espiritos humanos... os Enteais tinham enfeitado de modo mais belos os Reinos das Natureza, enfeitado com amor, para receber condignamente os elevados entes espirituais, as imagens do Todo Poderoso Criador! Todos eles sentiam o nascimento dos seres humanos na Terra! como uma preciosa dádiva, que deveria ser guardada com amor e dedicação..."
Kechara Kesatry -
*Serenidade e paz profunda a todos seres sensíveis do Universo!
Elizabeth Ambrosi -
Aqui não vou tecer grandes considerações...
Para mim, o Santo Graal está envolto por uma aura de misticismo e mágica. Já li alguma coisa à respeito e confesso: este assunto segue como um dogma para mim. Levando em conta que não tolero dogmas, pelo seu lado misterioso e inquestionável. Sou racional demais para isto. Mas no caso do Graal, eu me calo... Talvez não seja exatamente uma taça, mas quem sabe a busca interna e infinita do ser pela verdade.... sei lá... de qualquer forma, sigo acompanhando o tópico, aprendendo e buscando enterder e aprender...
Kechara Kesatry
Maninha!
*Eu entendo como o supremo sacrifício do Demiurgo em sua descida a máteria!
Benedito De Lima Fernandes - 09/07/2011
*Paz Profunda a todos os seres!
NÃO ME DEIXARAM ENTRAR ! - Benedito de Lima Fernandes

Eu estive num portal assim ... fui buscar um livro que tinham levado de minha estante.
Em um imenso salão iluminado com um intensa luz branca .
Onde estavam vários seres telepaticamente ... se comunicando ...não houvia-se barulho algum.
Então ao chegar ao portal ... apareceram dois seres com o livro nas mãos ... e me entregaram.
Do meu lado era um breu ... a escuridão era total.
No dia seguinte o livro estava na minha estante!

Isso foi há muito tempo! Eu ainda não consegui entender !
HERMES - Hermetismo!
Lampada Perpétua da Sabedoria!
Oh! não deixeis apagar a chama!
Mantida de século em século ...
Nesta Escura Caverna ...
Neste Templo Sagrado ...
Sustentada por puros ministros
Do amor...
Não deixeis apagar ...
esta Divina Chama!
Cabalion!
Em qualquer lugar que estejam os vestígios do Mestre ...
os ouvidos daquele que estiver preparado para receber ...
seus ensinamentos ... se abrirão completamente!
quando ... os ouvidos do discípulo estão preparados
para ouvir ... então vêm os lábios para os encher
de Sabedoria!
Os Princípios da Verdade!
São sete: Aquele que os conhece perfeitamente ...
possui a Chave Mágica com a qual todas as
Portas do Templo ... pode ser abertas
completamente!
Princípios do:
Mentalismo!
Correspondência!
Vibração!
Polaridade!
Ritmo!
Causa e Efeito!
Genêro!
1- PRINCÍPIO DE MENTALISMO: “O TODO É MENTE; O UNIVERSO É MENTAL.”
Tudo é Mente. O Todo é indefinível, é espírito, é incognoscível. Entretanto, pode ser considerado como uma mente vivente infinita e universal. Todo o Universo é uma criação mental do Todo, em cuja mente vivemos, nos movemos e temos a nossa existência. Este princípio esclarece a verdadeira natureza da força, da energia e da matéria além de mostrar como e por que estas estão subordinadas ao domínio da mente. De forma simplificada ele nos diz que o que pensamento determina nossa realidade, ou seja, somos exatamente o que pensamos.
Publicado pela primeira vez em 1908 na língua inglesa, pela Yogi Sociedade Templo Maçónico, Chicago, Illinois, o Caibalion é uma obra anônima, assinada apenas com o codinome “Três Iniciados”.
2- PRINCÍPIO DE CORRESPONDÊNCIA: “O QUE ESTÁ EM CIMA É COMO O QUE ESTÁ EMBAIXO, E O QUE ESTÁ EMBAIXO É COMO QUE ESTÁ EM CIMA.”
O microcosmo tem correspondência com o macrocosmo. O que somos refletimos no Universo ao mesmo tempo em que o Universo se reflete em nós. O princípio contém a verdade de que há sempre uma correspondência entre as leis e os fenômenos de vários estados do ser e da vida. Ao compreender esse princípio, o homem consegue desvendar o que é obscuro e secreto no reino da natureza.
3- PRINCÍPIO DE VIBRAÇÃO: “NADA ESTÁ PARADO; TUDO SE MOVE, TUDO VIBRA.”
O princípio contém a verdade fundamental da vida na afirmação de que tudo no Universo está em constante movimento, possui vibração. Nada está parado. Ele explica que as vibrações fazem parte da matéria, da mente e do espírito e que se apresentam de formas diferentes. Quanto maior a vibração, maior sua posição na escala. A vibração do espírito, por exemplo, é tão intensa que não parece existir. Por outro lado, quanto mais grosseira for a matéria, menor será sua vibração.
4- O PRINCÍPIO DE POLARIDADE: “TUDO É DUPLO; TUDO TEM DOIS PÓLOS, TUDO TEM O SEU OPOSTO; O IGUAL E O DESIGUAL SÃO A MESMA COISA.”
O Princípio de Polaridade explica que tudo tem dois pólos, dois aspectos opostos, e que “opostos” realmente são os dois extremos ligados por gradações da mesma coisa. Há sempre os dois lados em tudo. Assim, frio e calor são a mesma coisa, a diferença que existe entre eles é a temperatura, assim como tese e antítese são, por natureza, idênticos, mas diferentes em grau.
5- PRINCÍPIO DE RITMO: “TUDO TEM FLUXO E REFLUXO; TUDO TEM SUAS MARÉS, TUDO SOBE E DESCE.”
Em tudo se manifesta o movimento de ir para frente e para trás, fluxo e refluxo. Tudo flui para fora e para dentro, tudo tem suas marés, todas as coisas sobem e descem. Sempre que houver uma ação, haverá uma reação. Esta lei se aplica a tudo (sóis, mundos, animais, mente, energia, matéria). Ela se manifesta na criação e na destruição dos mundos, na vida e nos estados mentais do homem.
6- PRINCÍPIO DE CAUSA E EFEITO: “TODA CAUSA TEM SEU EFEITO, TODO EFEITO TEM SUA CAUSA.”
O princípio explica que tudo acontece por um motivo e nada acontece sem razão, não há coisa que seja meramente casual. Ele encerra a seguinte verdade: todo efeito tem sua causa e toda causa o seu efeito. Ele diz que nada acontece por acaso ou sem razão e que tudo acontece de acordo com a Lei.
7- PRINCÍPIO DE GÊNERO: “O GÊNERO ESTÁ EM TUDO; TUDO TEM SEU PRINCÍPIO MASCULINO E SEU PRINCÍPIO FEMININO.”
No Plano Físico, este princípio se manifesta no sexo; nos Planos Superiores, toma outras formas, mas sempre baseado no feminino e no masculino. Este princípio atua sempre na Geração, Regeneração e Criação. Cada coisa e cada indivíduo contém dois elementos, o masculino e o feminino.
Axiomas Herméticos:
“A posse do Conhecimento sem ser acompanhada de uma manisfestação ou expressão, em Ação é como o amontamento de metais preciosos, uma coisa vã e tola. 0 Conhecimento é como a riqueza, destinado ao Uso. A Lei do Uso é Universal e aquele que viola essa lei sofre por causa do seu conflito com as forças naturais.”
“Para mudar a vossa disposição ou vosso estado mental, mudai vossa vibração.”
“A Mente (tão bem como os metais e elementos) pode ser transmutada de estado em estado, de grau em grau, de condição em condição, de polo em polo, de vibração em vibração.”
“Os Sábios servem no plano superior, mas governam no inferior. Obedecem às leis que vêm de cima deles, mas no seu próprio plano e nos inferiores a eles governam e dão ordens.
E assim fazendo, formam uma parte do Princípio, sem se oporem a este. 0 sábio concorda com a Lei e compreendendo o seu movimento, ele o opera em vez de ser cego escravo.” – de Três Iniciados, 0 Caibalion, Editora Pensamento
Embora em seu conteúdo não exista nenhuma referência específica sobre o termo “Cabala”, o título da obra Cait geralmente é associado a esse termo. Na introdução, os autores afirmam que a obra trata de uma tradição místi Antiguidade, a qual foi passada ao longo do tempo de mestre para discípulo.
A VISÃO TEOSÓFICA DA "SENDA" (Caminho)
Blavatsky e outros teósofos depois dela descreveram com riqueza de detalhes técnicos o que constitui a Senda, suas etapas e divisões.
A primeira parte da Senda é chamada de Senda Probatória, quando o aspirante deve realizar um trabalho de purificação pessoal preliminar, e desenvolver várias virtudes elementares indispensáveis para um progresso ulterior, assim descritas:
Viveka, ou discernimento entre o real e o irreal,
Vairâgya, indiferença ou desapego de todas as coisas exteriores, passageiras e ilusórias,
Chatsampatti, os seis atributos mentais necessários para trilhar o Sendeiro, que são Zama (domínio do pensamento), Dama (domínio da palavra e da ação), Uparati (tolerância), Titikcha (paciência), Sraddhâ (fé) e Samâdhâna (equilíbrio, equanimidade).
Mumukcha, ou desejo de união com a divindade e de libertação do ciclo de renascimentos.
Cumpridos estes requisitos em grau apreciável - não é necessária a perfeição nesta etapa - o candidato é aceito formalmente como discípulo de algum Mestre de Sabedoria, recebe a Primeira Iniciação e entra com isso no Sendeiro do Discipulado, que possui suas próprias fases:
Gagarin: O Batismo de Cristo arivrâjaka, ou Zrotâpatti, aquele que entrou na corrente, ou seja, está comprometido com a realização de tudo o que for necessário para chegar à meta final. Na simbologia cristã a Primeira Iniciação é representada pelo nascimento obscuro do Cristo na gruta (a gruta do coração, invisível para o profano).
Ele é chamado de o mendigo errante, pois já não considera a Terra como sua morada verdadeira. Nesta fase ele deve eliminar a ilusão de um eu pessoal, a dúvida ou incerteza sobre a doutrina do Karma e da Reencarnação, sobre a eficácia do método ou sobre a capacidade do Mestre em instruí-lo no Caminho, e a superstição.
Sendo bem sucedido, recebe a Segunda Iniciação.
Kutîchaka, ou aquele que construiu uma cabana num lugar de paz, ou Sakadâgâmin, aquele que só renascerá mais uma vez, pois espera-se que nesta fase só seja necessária mais uma vida para chegar ao nível de Arhat, ou aquele que está salvo para sempre, significando que breve ficará livre da roda dos renascimentos. Aqui deve eliminar qualquer resíduo de orgulho e começar a trabalhar para trazer à consciência permanente o princípio intuicional, ou buddhi.
Esta fase é simbolizada entre os cristãos como o Batismo e a Tentação no Deserto.
O período é encerrado quando o candidato é aceito para a Terceira Iniciação.
Hamsa, o cisne, aquele que canta antes da morte ou aquele que sabe separar a água do leite (o real do irreal), ou Anâgâmin, aquele que não renascerá mais neste mundo e compreende o que significa a máxima Eu sou Aquele.
Na tradição cristã este período é simbolizado pela Transfiguração de Cristo, significando a união entre sua Individualidade espiritual e sua Personalidade manifesta na Terra.
Durante este período o iniciado deve se libertar de todo traço de apego ao gozo de sensações, tipificada no amor terreno, e de toda a possibilidade de ódio. I
sso não significa que ele não ame, mas ama de maneira altruísta e espiritual, ou que deixe de rejeitar o que é nocivo, mas o faz com tranqüilidade, e não permitirá que quaisquer preferências pessoais interfiram com o seu trabalho espiritual.
No final desta fase ele recebe a Quarta Iniciação e se torna um Arhat.
Paramahamnsa, aquele que está além da individualidade ou do eu pessoal, é o Arhat, ou santo iluminado.
Esta etapa é simbolizada pela agonia no Getsêmani, a Crucififação e a Ressurreição do Cristo interior de cada um.
Os múltiplos talentos e virtudes que o candidato desenvolveu brilham sem possibilidade de ser ocultos, o que atrai a reação do mundo incompreensivo, e é uma fase de duras provas para aquele que trilha a Senda.
A prova culminante é uma passagem pelo Avichi, o inferno dos hindus (na verdade não um local físico mas um estado interior de consciência), quando a pessoa experimenta por um breve momento um isolamento completo de tudo o que vive, incluindo Deus, o Mestre e seu próprio Espírito divino, sendo descrita como uma das mais terríveis experiências que qualquer pessoa pode suportar.
Alguns fracassam, e têm de refazer o trabalho anterior para se capacitarem novamente.
É a causa e a interpretação do lamento de Cristo na cruz, quando ele grita "Deus, meu Deus, por que me abandonaste?".
Saltério de Ingeborg: A descida do Espírito ...Conquistando sucesso sobre as provações, o Arhat - cujo título significa o venerável, o benemérito, o perfeito - está salvo, ou seja, já não é obrigado a reencarnar para continuar seu progresso (o qual não tem fim), mas pode fazê-lo voluntariamente para auxiliar o mundo e seus irmãos menores. Nesta condição exaltada sua consciência tem os primeiros acessos ao Nirvana, mas ainda não é considerado um ser verdadeiramente perfeito, e tem de realizar outras tarefas para capacitar-se para receber uma iniciação ainda mais alta.
Ele deve romper definitivamente os cinco últimos grilhões, que são Ruparâga, ou desejo pela beleza da forma e desejo por uma vida numa forma, mesmo que seja no mundo celeste; Aruparâga, desejo de vida mesmo sem forma; Mâna, orgulho por suas realizações, e Uddaccha, a possibilidade de sentir qualquer agitação ou irritação por qualquer motivo que seja, mantendo uma serenidade inabalável em todas as situações. Recebendo a Quinta Iniciação, passa a se chamar
Adepto, Mestre ou Asekha, aquele que realizou o propósito para o qual nasceu como homem. Já não lhe resta aprender mais nada no âmbito humano, e pode ser considerado com toda propriedade um super-homem.
Aqui se encontra paralelo com a Ascensão de Cristo e sua união com o Pai, e é seguida pela Descida do Espírito Santo, significando que a primeira coisa que o Adepto realiza é transmitir aos seus discípulos parte do poder que recebeu.
Os hindus chamam este ser de Jivanmukta, o liberto, aquele que cumpriu com sucesso o trajeto da Senda de Perfeição.
Nada mais tendo a aprender aqui, o Adepto está livre para escolher seu próprio caminho a seguir, e pode ou permanecer ligado à Terra, para promover sua evolução, recebendo outras iniciações que incluem a de Chohan (Senhor), Mahachoan (Grande Senhor), Buda, Senhor do Mundo e Vigilante Silencioso, ou adentrar outras linhas de serviço completamente desligadas deste planeta.
Quando entramos na Corrente ... devemos procurar o Conhecimento em todos os lugares possíveis ... pois ele está disseminado em todos os lugares ... um pouquinho em cada lugar ... e durante as vidas ... vamos absorvendo-as.
Já desci aos infernos ... mas ainda não consegui chegar aos céus!

segunda-feira, 10 de março de 2014

*NIRVANA -

Como ensina Gautama;
"O Nirvana é aquilo que não é... e nem deixa de ser;
não é existência, nem inexistência...
não é ser e nem não ser,
está além de todos os conceitos sangsãricos"
É um estado de tranncendência sobre...
" aquilo que se transforma, nasce, é feito e formado!
 OS VEDAS*
"Os olhos não podem encontrá-lo, nem a fala,
nem tampouco a mente. Nós não entendemos
como alguém poderia ensinar sobre "ELE"..."
HPB - O VAZIO
*Nada existia, nem coisa alguma; também não existia
o céu luminoso, nem o grande dorsel celeste abria-se lá em cima,
o que cobria tudo? o que dava abrigo? o que estava oculto?
seria o abismo sem fundo da àgua?
Não havia morete - entretanto nada era imortal,
não havia fronteiras entre o dia e a noite;
somente o UM respirava e^xanime por Si Mesmo,
alem Dele, nada existia,
havia as trevas, e o Princípio estava imerso,
na escuridão profunda - um oceano sem luz -
o fgerme que ainda está oculto na casca,
germina, uma natureza, ao calor tórrido...
quem conhece o segredo? Quem O anunciou?
COMPAIXÃO! Pelos seres sensíveis, que erram de nascimento ... em nascimento, realizando ações que tende a um pesado acumulo de KARMAS! Permanecem na escuridão ...
Andarilho das Estrelas/Contemplo as Coisas Além do Tempo e do Espaço/Ouço a Linguagem dos Devas/Percebo a Mente da Formiga/Sigo a Trilha do Guerreiro
Insondável/Navego o Vento Cósmico/Sigo o Caminho dos Jardineiros do Universo/Almejo a Senda Sagrada da Sabedoria e da Compaixão... Um Guardião. -
Goer of Star - It Things beyond Time and Space - I hear the language of Devastating - I understand the mind of the entom ant. - I am Warrior unfathomable - Navigating the Cosmic Wind - I follow the path of the universe an gardeners Sacred Path of Wisdom and Caompassion - A Guardian!...

Kechara, “o que passeia”, ou “anda”, nos céus. Conforme se explica no sexto Adhyaya dessa rainha das obras místicas, os Jnaneshvari - o corpo do iogue se torna como que feito de vento; como “uma nuvem de onde nasceram membros” depois do que - “ele (o iogue) contempla as cousas para além dos mares e das estrelas; ouve e compreende a linguagem dos Devas (deuses) e percebe o que se está passando no espírito da formiga”.

http://onadaovaziootaooum.blogspot.com/
http://sites.google.com/site/ovazioeotao/Home
http://www.orkut.com/community.aspx?cmm=30813024
http://www.youtube.com/benerute

ONADAOVAZIOOTAOOUM
onadaovaziootaooum.blogspot.com
Quem foram os druidas?
por Olívia Fraga

Os druidas formavam uma classe poderosa dentro da sociedade celta – povo que, há 3 mil anos, habitava territórios onde hoje estão Reino Unido e norte da Espanha, de Portugal e da França, na Europa. Todos esses povos compartilhavam um mesmo tronco linguístico e alguns traços culturais. Dentre as diversas funções dos druidas na sociedade, as principais eram como intelectuais e conselheiros.

Considerados por muitos como magos e bruxos, a filosofia dos druidas era fundamentada nos princípios do amor e da sabedoria. Eles adoravam a natureza e estavam sempre em busca do equilíbrio com ela e com os outros seres. Além disso, cultivavam a música e a poesia. Ainda hoje é possível tornar-se um druida. O druidismo passou a ser considerado como uma filosofia de vida. O treinamento para se tornar um senhor de barba branca, vestido de túnica e sandálias de couro pode levar até quatro anos e há três classes de ensinamento.

SABEDORIA NATURAL

De acordo com o nível de instrução, os druidas podem exercer três funções diferentes
Bardos - Quem são: o primeiro grau de aprendizado druídico - Cor: azul
São cantores e poetas. Com a música, expressam as emoções, contam histórias e louvam os deuses. São treinados para passar a mensagem druídica, seus mitos e mistérios ancestrais. Em uma obra irlandesa do século 9, o Glossário de Cormac, os bardos vestiam um manto com penas coloridas.

Ovates ou vates

Quem são: magos e médicos formam a segunda classe druídica - Cor: verde
Espécie de xamã, os ovates possuem habilidades medicinais e supostamente mágicas. São conhecedores da astrologia e, em estado de transe, seriam capazes de se conectar com outros seres e o além. Poderiam prever o futuro e transmitir mensagens do outro mundo.
- Segundo o naturalista romano Plínio, o Velho, os druidas usavam uma foice dourada para colher o visco, erva sagrada que cresce nos galhos das árvores.

Druidas

Quem são: o último nível são os sacerdotes e juízes - Cor: branco.
Esta é a definição dos druidas: são os profundos conhecedores, conselheiros e responsáveis pelos rituais religiosos druídicos. São também juízes e, no passado, tinham funções políticas importantes.
- Originário de termos gaélicos, bretões e galeses, druida significa “aquele que tem a sabedoria do carvalho”.

- Júlio César teria inventado que os druidas eram adeptos do sacrifício humano para justificar sua campanha militar contra os “celtas selvagens”.

- O mago Merlin (ou Taliesin), que aparece nas lendas do rei Arthur, é, na verdade, um druida. É considerado “o maior bardo de todos os tempos”.

UM TREINO DE 19 ANOS

Aprendizado durava o mesmo tempo de um ciclo astrológico
Na Antiguidade, o treinamento de um druida podia durar até 19 anos. 
Isso porque esse período completa um Ciclo Metônico (criado pelo astrônomo grego Meton) – tempo mínimo, em anos, para que os calendários solar (365 dias) e lunar (354 dias) se encontrem e também o tempo de intervalo entre dois eclipses idênticos.
SRI BUDHA

Não se apresse em acreditar em nada, mesmo se estiver escrito nas escrituras sagradas. Não se apresse em acreditar em nada só porque um professor famoso disse. Não acredite em nada apenas porque a maioria concordou que é a verdade. Não acredite em mim. Você deveria testar qualquer coisa que as pessoas dizem através de sua própria experiência antes de aceitar ou rejeitar algo."

(Siddartha Gautama, o Buddha, Kalama Sutra 17:49


Filosofia Taoísta

Do Caminho surge um (aquele que está consciente), de cuja consciência por sua vez surge o conceito de dois (yin e yang), dos quais o número três está implícito (céu, terra e humanidade); produzindo finalmente por extensão a totalidade do mundo como o conhecemos, as dez mil coisas, através da harmonia das Wuxing. O Caminho enquanto passa pelos cinco elementos do Wuxing é também visto como circular, agindo sobre si mesmo através da mudança para simular um ciclo de vida e morte nas dez mil coisas do universo fenomênico.
Aja de acordo com a natureza, e com sutileza em lugar de força.
A perspectiva correta será encontrada pela atividade mental da pessoa, até chegar a uma fonte mais profunda que guie sua interação pessoal com o universo (veja 'wu wei' abaixo). O desejo obstrui a habilidade pessoal de entender O Caminho , moderar o desejo gera contentamento. Os taoístas acreditam que quando um desejo é satisfeito, outro, mais ambicioso, brota para substitui-lo. Em essência, a maioria dos taoístas sente que a vida deve ser apreciada como ela é, em lugar forçá-la a ser o que não é. Idealmente, não se deve desejar nada, "nem mesmo não desejar".
Unidade: ao perceber que todas as coisas (inclusive nós mesmos) são interdependentes e constantemente redefinidas pela mudança das circunstâncias, passamos a ver todas as coisas como elas são, e a nós mesmos como apenas uma parte do momento presente. Esta compreensão da unidade nos leva a uma apreciação dos fatos da vida e do nosso lugar neles como simples momentos miraculosos que "apenas são".
Dualismo, a oposição e combinação dos dois princípios básicos Yin e Yang do universo, é uma grande parte da filosofia básica. Algumas das associações comuns com Yang e Yin, respectivamente, são: masculino e feminino, luz e sombra, ativo e passivo, movimento e quietude. Os taoístas acreditam que nenhum dos dois é mais importante ou melhor que o outro, na verdade, nenhum pode existir sem o outro, porque eles são aspectos equiparados do todo. São em última análise uma distinção artificial baseada em nossa percepção das dez mil coisas, portanto é só nossa percepção delas que realmente muda.